Começou
o sarau
das
figuras Semânticas e Sintáticas
que
se mancaram e sentaram
bem
na frente da Alegoria
confidenciava
a Anagrama
que
tinha visto a Ambiguidade
falar
da Antífrase e da Antítese
foi
aí que a Antonomásia
cutucou
o Apóstrofe
dizendo
que era Arcaísmo
essa
Catacrese recheada de Comparação
não
sei se por Disfemismo, Eufemismo ou Estrangeirismo,
a
Gradação acalmou a Hipálage
talvez
por influência da Hipérbole
começaram
a fazer Ironia
a
Metáfora poeta mais requintada
aproximou-se
da Metonímia candidamente
e
perguntou se o Neologismo
entendia
a Metalepse
ele
disse que a culpa era do Oximoro
que
não sabia fazer Palíndromo
muito
menos um Pangrama
aí
surgiu um Paradoxo
pois
a Perífrase cheia de Prosopopeia
usou
todo o seu Sarcasmo
para
ironizar a Sinédoque
tentando
criar uma Sinestesia.
No
meio do sarau a Aliteraçãou
utilizou
uma Anáfora
que
irritou o Anacoluto e a Analepse
isso
gerou uma Assonância
que
o Assíndeto julgou ser Barbarismo
e
dissertou cheio de Circunlóquio
abordando
o Clímax da Colisão Diácope
lógico
que teve Eco
pois
a Elipse e a Epístrofe
foram
reclamar para a Epizêuxis
o
exagero da repetição que criou um Hiato
filho
do Hipérbato com a Paranomásia
que
recitou um Pleonasmo com Polissíndeto
só
sei dizer que no final a Tautologia
sem
o menor Solecismo
encerrou
o sarau com um Zeugma
e
assim acabou com toda a Zoomorfização!
(O
grande sarau, Paulo R. C. Guedes).