Minha sombra
não sente medo
vai na frente
do meu corpo
O sol ficou
longe, lá trás,
para onde vou
não volto mais
não importa a luz
no fim do túnel
essencial é o caminho
foi o que eu propus
por isso não vou sozinho
Será a sombra
a minha projeção?
Ou serei eu, filho do chão?
O que somos, então?
Serei eu... o escuro?
Serei melhor do que um muro?
Será tudo em vão?
E quando a sombra crescer?
E se meu corpo fenecer?
Onde todos estarão?
E quando anoitecer?
A sombra vai adormecer?
Outros sonhos virão?
Ah, o Sol voltará a brilhar...
meu corpo voltará a trilhar...
a sombra voltará a sonhar...
Se me agacho
a sombra não acho
se me levanto
a sombra é um espanto!
Onde estará a sombra do meu canto?
ONDE ESTARÁ A SOMBRA DO MEU CANTO? poema de Paulo R. C. Guedes.
Belo e profundo poema
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